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Soldado que corria maratonas enquanto estava de licença da PM é expulsa da corporação

A soldado Luciana Amaral de Freitas Sousa, do 19º BPM (Copacabana) foi expulsa da PM após a Corregedoria da corporação descobrir que ela participava de eventos de corrida mesmo licenciada para tratamento ortopédico.

O caso foi revelado pelo GLOBO em maio. A expulsão da policial foi publicada no boletim interno da corporação desta terça-feira.
Segundo o texto, assinado pelo comandante-geral da PM, coronel Luiz Claudio Laviano, Luciana foi excluída da corporação por “descompromisso com o exercício da função policial militar”. Segundo a publicação, Luciana utilizava “os períodos de afastamento funcional” para manter “uma intensa rotina de treinamentos físicos e participações em competições esportivas”.
Numa foto postada no Facebook em 2 de janeiro — quando a soldado estava licenciada e só podia fazer trabalhos internos —, ela aparece com roupas de corrida, sorrindo, sob a legenda “Põe mais 42km de bike. Cansada? Claro que não”. A postagem está anexada no Inquérito Policial Militar (IPM) que investiga as fraude na licença.
A investigação também detectou, a partir de diversos posts no Facebook da soldado, que Luciana participou de diversos outros eventos de ciclismo e corrida ao longo de 2017 e 2018. Em depoimento à Corregedoria, Luciana afirmou que, “desde que entrou para a PM, trabalhou na atividade fim por longos períodos em pé nas unidades em que passou, desenvolvendo um quadro maior de dor em seu joelho, fazendo-a buscar auxílio médico”. Ela também alega que “não correu, só caminhou com passadas largas” nos eventos em que foi fotografada.
Em maio, o GLOBO revelou que uma série de investigações da Corregedoria da PM descobriram fraudes nas licenças para tratamento de saúde de policiais militares. Segundo a PM, dos 44.118 PMs na ativa, só 26.227 estão aptos a desempenhar funções operacionais. Ao todo, 5.823 só podem trabalhar em atividades burocráticas, e 2.191 estão de licença médica. Para o comando da PM, o número insuficiente de profissionais responsáveis por conceder as licenças obrigou a corporação a aceitar laudos de médicos particulares, o que pode ter favorecido fraudes.

Fonte:O Globo



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