Artigo conclui que índice de homicídios com pessoas negras é 8% maior do que com pessoas brancas
O estudo falou sobre o racismo nas instituições policiais e a abordagem à população negra.
Estudos foram publicados pelo Ipea na 4ª edição do Boletim de Análise Político-Institucional. Entre os sete artigos , "Segurança Pública e Racismo Institucional" trouxeram dados que mostram a exposição da população brasileira à mortes violentas e que este percentual aumenta em 8% no que se refere aos negros vitimas de homicídio. A margem se mantém mesmo quando comparados pessoas com nível de escolaridade e classe social equiparadas. Segundo o estudo de cada três assassinatos dois são de pessoas negras.
Durante o estudo foram somadas as populações de 226 municípios brasileiros que tivessem mais de 100 mil habitantes. Neste caso , um adolescente negro possui 3,7 vezes mais possibilidades de ser morto em relação aos adolescentes brancos. A pesquisa classificou as instituições de polícia como fracassada no que se refere ao racismo institucional. Há um tratamento diferenciado e não profissional em relação à abordagens por policiais as pessoas negras.
De acordo com a pesquisa nacional de vitimização com dados coletados pelo IBGE em 2010, as agressões aos negros ocorre na maioria das vezes por policiais ou seguranças privadas em períodos de folgas. São agredidos 6,5 % de negros contra 3,7% de brancos. Os dados foram fornecidos pelo diretor do Ipea, Daniel Cerqueira, pelo pesquisador Almir de Oliveira Júnior e pela a acadêmica da área de Direitos Humanos , Verônica Couto de Araújo Lima , ambos da Universidade de Brasília.
Mais cinco artigos foram publicados :
As manifestações de junho e os desafios à participação, de Wagner Romão;
A pacificação das favelas do Rio de Janeiro e as organizações da sociedade civil, de Rute Imanishi e Eugênia Motta;
Participação e desenvolvimento regional: uma conexão ainda frágil, de Clóvis Henrique de Souza, Paula Fiuza Lima e Joana Alencar;
Audiências públicas: fatores que influenciam seu potencial de efetividade, de Igor Fonseca, Raimer Rezende, Marília de Oliveira e Ana Karine Pereira;
Pronatec: múltiplos arranjos e ações para ampliar o acesso à educação profissional, de Maria Martha Cassiolato e Ronaldo Garcia.