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Corregedoria Geral Unificada e Ministério Público deflagram operação ingenium

Agentes da Corregedoria Geral Unificada (CGU) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, com apoio da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Estado de Segurança (SSINTE), da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e de Inquéritos Especiais (DRACO-IE) e da Polícia Civil deflagraram a Operação Ingenium (engenharia, em latim).

O objetivo da operação é cumprir 38 mandados de prisão preventiva e 67 ordens de busca e apreensão nas residências dos suspeitos, quartéis do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) e sede de empresas.
As investigações tiveram como base escutas telefônicas de bombeiros militares que revelaram uma organização criminosa de venda ilegal de documentos para funcionamento de estabelecimentos comerciais.
Os esquemas de corrupção ocorriam no âmbito do setor de engenharia de diversos grupamentos militares, principalmente no 4º GBM (Nova Iguaçu), no 14º GBM (Duque de Caxias) e no GOPP (Grupamento de Operações com Produtos Perigosos).
Dentre os mandados de prisão, expedidos pela 1ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, estão os de dois assessores especiais do Comandante Geral do CBMERJ, dos Comandantes da Baixada Fluminense, Nova Iguaçu, Irajá, (ex-comandante de Duque de Caxias), GOPP, Copacabana, Campinho, Jacarepaguá e do Destacamento de Paracambi e de sete Coronéis da reserva.
Com intuito de possibilitar a prática criminosa, dois assessores especiais do Comandante Geral do CBMERJ indicavam os Comandantes destas unidades. Estes contavam com a participação dos bombeiros lotados no setor da engenharia, além de bombeiros militares da reserva e civis, que intermediavam os pagamentos das propinas pagas por empresários para obtenção do documento que permitia o funcionamento do empreendimento.
Os acusados se aproveitavam da condição de bombeiro militar para fiscalizar os estabelecimentos no intuito de notificar os responsáveis e, desta forma, provocar um acordo para negociar valores ilícitos. Em seguida, os acusados emitiam um laudo de exigências contendo todos os requisitos de segurança contra incêndio e pânico, porém, mesmo sem o cumprimento destas normas, após o pagamento de propina, os criminosos expediam o documento que atestava o cumprimento de todas as exigências.
As investigações comprovaram que locais de diversões que reuniram grande público, inclusive um estádio de futebol, receberam as documentações sem cumprimento das exigências de segurança para proteção da vida das pessoas e do patrimônio, caso houvesse incêndio.
 
 
Fonte: http://www.rj.gov.br/web/seseg



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