GAECO denuncia policiais por crime de organização criminosa
A propina chegava a R$70 mil por semana para que os servidores não combatessem o tráfico de drogas e fornecessem informações privilegiadas.
Na última sexta-feira , o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro trabalhando em conjunto com a 58º Delegacia de Polícia da Posse realizaram uma operação para cumprir mandados de prisão.
A ação recebeu o nome de Operação Boi da Cara Preta e cumpriu 5 mandados de prisão preventiva 4 deles contra policiais militares e um contra um policial civil , além destes mandados contra servidores públicos foram emitidos 19 mandados contra pessoas com envolvimento com o tráfico de entorpecentes em Nova Iguaçu e Mesquita.
Durantes as investigações realizadas com o auxílio da Corregedoria da Polícia Civil (COINPOL) , com o Departamento Geral de Políciada Baixada (DGPB), com o Departamento Geral de Polícia Especializada (DPGE) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) os envolvidos foram denunciados pelo GAECO na 2ª Vara Criminal de Nova Iguaçu após a constatação que as comunidades de Aymoré, Inferninho e Três Campos estão subordinadas às dos Complexos de Parada de Lucas e Vigário Geral local em que se encontram os líderes dessas facções.
A participação dos policiais ficou comprovada depois que o GAECO interceptou as ligações telefônicas e constatou que os agentes não combatiam o tráfico e informavam sobre operações programadas.
As investigações confirmaram que Alvaro Malaquias Santa Rosa (vulgo Peixão)e Jorge Diego Cardozo Martins lideram as comunidades do Buraco do Boi e Aymoré e que Rodrigo Ribeiro da Silva comanda Vigário Geral, Inferninho e Três Campos. Além disso 10 crianças foram identificadas como vapores, olheiros e sintonias, a partir disso foi requerida a internação próvisória dos menores.
O seguintes policiais foram presos:Fernando Rodrigues Machado, Leandro Fernandes da Silva, Vitor da Silva Gonçalves,o policial Leonardo Souza Moreira já está preso e Luciano de Andrade Lial está foragido. Até o momento 15 pessoas foram presas , mas as investigações continuaraão e pretendem apontar mais envolvidos.
Os servidores responderão por crime de organização criminosa cuja cópia será remetida para a Promotoria de Justiça de Auditoria Militar que irá investigar o crime de corrupção passiva. A propoina chegava ao valor de R$70 mil , o DPO recebia R$9 mil por semana divido em parcelas de R$3 mil pagas de sexta a domingo, a P2 recebia R$3 mil por semana e o GAT R$5 mil por semana, o policial civil recebia R$3 mil por semana, os valores foram obtidos durante as investigações.
Mônica Freitas