Segurança Pública - Desafio ao Estado Democrático de Direito - CAPITULO XI
POLICIA DE PACIFICAÇÃO/ APLICAÇÃO ANTECIPADA / ERRO TÁTICO
No capítulo anterior, registramos nosso entendimento sobre o sistema adotado com a instalação das UPPs afirmando que, se produzissem resultados positivos, certamente seria adotado por toda federação brasileira, em especial o governo central. Todavia, somente no Estado do Rio de Janeiro investiram na tentativa.
Realmente, como política eleitoral, deu certo, contudo, para a política criminal, deixa a desejar.
De forma superficial, comentamos a situação da Rocinha, que após a instalação da UPP, transformou-se em um barril de pólvora.
É evidente que qualquer leigo ao olhar para a estrutura da comunidade constatará que a pretensa UPP é insignificante para o fim que foi destinada.
A partir daí, a UPP da Rocinha acabou transformando-se em sério problema público/criminal.
Sem mesmo esperar consolidar os resultados pretendidos, a propaganda política sobre eventual resultado positivo, levou o clamor à outras comunidades que passaram a receber egressos da Rocinha.
A epidemia alastrou-se e os métodos para combatê-la mantiveram-se inalterados, levando o pânico a toda sociedade.
A criminalidade produziu um efeito devastador em toda sociedade, que se encontra tomada por verdadeiro pânico.
Comprovado que o sistema de policiamento que vem sendo praticado desde a criação do P.P (Posto Policial) foi desastroso, no máximo podemos tentar revigorar as UPP’s, não mais escondendo os policiais dentro dos containers, mas colocando um mutirão de agentes nas entradas das comunidades para impedir o trânsito da marginalidade e, com isso, sufocar o comércio de drogas, inibindo inclusive, a presença de compradores.
Aliás, para comprovar nosso entendimento, bastam poucos minutos de espera na entrada das comunidades carentes para se constatar a freqüência de compradores/dependentes ou não no local buscando contatar os denominados “ESTICAS” que, em sua maioria, são menores de idade a serviço do comercio do tráfico.
Ademais, além de dificultar a venda do entorpecente, da mesma forma estaria dificultando sua entrada juntamente com os instrumentos bélicos.
Cabe ressaltar que nosso entendimento está direcionado apenas para combate ao pequeno e médio comércio, que geram o crescimento da criminalidade, pois o internacional, por envolver atores importantes, exige um tratamento de nível mais elevado.
Aguardemos o futuro.
Aridio Cabral de Oliveira.
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